Descrição do Projeto
O projeto IMPACTON é um esforço no sentido de integrar o ON e o Brasil aos programas internacionais de busca e seguimento de asteróides e cometas em risco de colisão com a Terra. Esses programas, atendendo determinação da União Astronômica Internacional, visam detectar e monitorar pelo menos 90% desses objetos.
Entretanto, os projetos de busca estão concentrados no hemisfério Norte, fazendo com que 25% da esfera celeste não sejam explorados. Também deve ser notado que a maioria dos objetos descobertos é imediatamente perdida por não haver um seguimento que permita uma boa determinação da órbita. Vale ressaltar que aproximadamente 60% dos objetos próximos à órbita terrestre, alguns com dimensões da ordem de quilômetros, ainda não foram descobertos.
Em sua primeira fase, o projeto IMPACTON teve como objetivo a instalação de um telescópio robótico no Brasil para realizar o seguimento e a caracterização das propriedades físicas desses objetos. Definido como Projeto Estruturante no Plano Diretor do ON (2006-2010), buscou ainda atender às seguintes diretrizes institucionais:
- ampliação da cooperação com grupos de pesquisa internacionais;
- fortalecimento da atuação nacional do ON, com a ampliação de suas atividades em outras regiões do país e o estabelecimento de parcerias com diferentes instituições para a operação e sustentabilidade do projeto;
- fortalecimento da área de pesquisa em Ciências Planetárias do Observatório Nacional, gerando publicações científicas e contribuindo para a formação de recursos humanos, em estreita colaboração com os cursos de pós-graduação do ON e o PIBIC.
A segunda fase, definida no Plano Diretor do ON (2011 - 2015), foi iniciada com a operação da infraestrutura de pesquisa instalada, agora denominada Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI). As observações realizadas no telescópio de 1,0 metro terão como resultado um conjunto homogêneo de dados sobre a distribuição das propriedades físicas de uma amostra estatisticamente significativa da população de objetos em órbitas próximas da Terra. Outro importante resultado esperado é o aprimoramento de tecnologias e softwares para a aquisição automática e remota de imagens e sua redução, também quase automática.
Além de recursos orçamentários, o projeto conta com financiamento da Finep (CT-Infra 2005/1), CNPq (Edital Universal/2006 e Universal/2008) e FAPERJ (Cientista do Nosso Estado 2007-2008, 2009-2011 e 2012-2014).